sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O pequeno grande porteiro na pequena discoteca

O poder imenso do dono da decisão, o responsável pelas horas sobejantes de uma noite embriagada de cliente. "tu entras; vocês chegam-se para trás; é uma festa privada; consumo mínimo 250€; eu trabalho aqui há oito anos e a minha mulher também teve de pagar" as coisas que qualquer um de nós já ouviu à porta de uma discoteca. Aos imortais, seres míticos, íntimos do pequeno grande poder (amizades instantâneas provavelmente pouco intimas realmente) a esses é reservado o gozo raro, anedótico de passar à frente do grupo de pobres mortais que ali jazem, de frente nas portas do Inferno, quais imbecis castigados, cadáveres amontoados murmurantes, da homilia de Dante.
Existe pouca coisa que me irrita, que me tire do sério mesmo... como podem esses mortais serem permitidos à entrada do Inferno sem uma pancadinhas nas costas do porteiro. Um aperto de mão ou até um apalpão. Que injustiça tão divina.

Eu tenho um amigo que conhece um primo de um porteiro, e tu? Continuas imbecil e mortal?

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