sábado, 30 de junho de 2012
O jardim dos solitarios
O jardim dos solitarios,um club de jazz onde nos intervalos da criatividade e devaneios alheios se ouvem pedras de gelo em copos de whisky,vozes baixas dos demais ouvintes,voceiros atarefados das caipirinhas e licores.Os demais respeitam o solitario com olhares de cumplicidade,os outros devaneiam se na sua propria vaidade.No balcao,um purista de camisa negra,da cor dos oculos que lhe enquadram os olhos fechados na cabeca bambleante,reconhecedora de um andamento num movimento aprovador.No publico o entusiasta que aplaude cada musico por cada nota a mais no comum dos mundos. A frente uma alsa descaida,um cabelo pendente sobre o ombro,um tronco ao ritmo da bossa,interrogo me sobre a sua expressao,a sua vontade de se levantar e aproveitar um corpo para a sua propria bossa.No canto,um tecnico cheio dele proprio,enverga uma t shirt de um festival de jazz e na boca masca pastilha,orgulhosamente enquanto ajusta o volume de um microfone em pouco acolhedor feedback.O fotografo da praxe invade o campo de visao com flashes e a sua camisa branca,propria de um fotografo profissional.Os famosos de viton e camisas de linho fora das calcas invadem o espaco com cprimentos e berros anunciantes da sua chegada.De repente a musica para,revelam se sotaques e vulnerabilidades,as mulheres olham se,os homens,sao. O circo das vaidades expoe se...e eu,bebo de uma caipiroska,sorrio,reconheco e aproveito,que sei que me vai sair caro.Entetanto a minha frente juntam se os musicos e os amigos num intervalo,afinal sao pessoas normais,com citacoes espontaneas populares,e veja se sorrisos e gargalhadas.O verdadeiro entusiasta aparece,atrapalhado na postura,timido nas palavras,confiante nas perguntas pede ao musico,que admira,dicas sobre o que tocou na forma q o fez.Entretanto reparo no musico principal,a sua namorada chama m a atencao pelo seu sorriso,ciente d si propria ela sabe se,penteado irregular negro,vestido colorido,caracois pendurados,sorriso facil.Eqt acabo a caipirosca dois,tres olhares cruzam se nos golos q vams tomando.Vou a casa d banho e eqto lavo as maos a namorada do musico tem a msm ideia,o ds senhoras,ocupado,o dos senhores desocupado,ela para entre os dois,suspira e entra no proibido e eqto fecha a porta olha me e pisca o olho.Um momento cumplice,rebelde,nosso,dos meus.
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