domingo, 24 de novembro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
Oh a crise
As vezes parece que me levanto e deito com a crise.De manhã acordo com uma enorme crise,vou até à casa de banho e so tenho crise para dar ao mundo,ao pequeno almoço tomo crise,no caminho para o trabalho levo e oiço falar da crise.No trabalho so me apetece dar crise a todos,so me apetece desculpar com a crise para tudo o que faço.Se tenho fome peço crise,se estou cheio é so por causa da crise.Quando estou com a minha namorada so nos apetece é fazer crise.Se saio à noite brindo à crise e no dia seguinte tenho a ressaca da crise.À noite sonho com a crise e se durmo bem so pode ser por causa da crise.Imagina o que seria ter poder sobre este texto e substituisse "crise" por "amor" tudo funcionaria diferente...ah espera...sou eu que decido.
domingo, 11 de agosto de 2013
Que bom...
Se um tempo foi em que a fantasia, o sonho e o sorriso me atingiram, este é o tempo.
Sou poço transbordante de sonho, realização, espanto e euforia. Conheci a metade de mim, conheci os passos perdidos que me perseguiram em cada esquina, que me assombraram em cada corredor reverberante em que os ouvi, em cada sonho que os senti.
Incompleto, ansioso soube-te mesmo ali ao meu lado, e de cada vez que me virei para te encontrar, desapareceste em eco, em sussurro fantasioso.
Quando pensei que te tinha de procurar, tu descobriste-me e provas-me agora o que julgava impossível: que a paixão também pode ser incondicional, que de plenitude também vivem as gargalhadas, que sou indiferente à ilusão, que o nós é real.
Tornaste-me da melhor forma possível, irremediavel e ridiculamente, apaixonado!
Se este é um sonho, não me acordes; se esta é uma ilusão, deixa-me viver na ignorância e se algum dia me tornar miseravel ou infeliz, deixa-me ser, na condição de que um dia soube o que foi amor!
Toin Toin, shtpum noin noin! :)
Sou poço transbordante de sonho, realização, espanto e euforia. Conheci a metade de mim, conheci os passos perdidos que me perseguiram em cada esquina, que me assombraram em cada corredor reverberante em que os ouvi, em cada sonho que os senti.
Incompleto, ansioso soube-te mesmo ali ao meu lado, e de cada vez que me virei para te encontrar, desapareceste em eco, em sussurro fantasioso.
Quando pensei que te tinha de procurar, tu descobriste-me e provas-me agora o que julgava impossível: que a paixão também pode ser incondicional, que de plenitude também vivem as gargalhadas, que sou indiferente à ilusão, que o nós é real.
Tornaste-me da melhor forma possível, irremediavel e ridiculamente, apaixonado!
Se este é um sonho, não me acordes; se esta é uma ilusão, deixa-me viver na ignorância e se algum dia me tornar miseravel ou infeliz, deixa-me ser, na condição de que um dia soube o que foi amor!
Toin Toin, shtpum noin noin! :)
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Perfume a Maresia
O cheiro a maresia traz consigo salpicos de amargura e um azul de sentidos.Ao senti-la,distingo terra,algas,areia,espuma e sal...sem saber, mergulhei nariz e lingua na agua... De olhos fechados adivinho ondas,espuma e o ronronar aconchegante.A brisa corre,como as brisas correm nestas ocasiões:frescas,irregulares. Passam de dedos esticados pelos cabelos,sopram sensuais,fecham me os olhos;perfume de maresia...São algas,ameijoas,camarões e sapateiras numa nota musical... São sal na forma,sol no sabor,aconchego no tacto,sinfonia no olfacto.
sábado, 30 de junho de 2012
O jardim dos solitarios
O jardim dos solitarios,um club de jazz onde nos intervalos da criatividade e devaneios alheios se ouvem pedras de gelo em copos de whisky,vozes baixas dos demais ouvintes,voceiros atarefados das caipirinhas e licores.Os demais respeitam o solitario com olhares de cumplicidade,os outros devaneiam se na sua propria vaidade.No balcao,um purista de camisa negra,da cor dos oculos que lhe enquadram os olhos fechados na cabeca bambleante,reconhecedora de um andamento num movimento aprovador.No publico o entusiasta que aplaude cada musico por cada nota a mais no comum dos mundos. A frente uma alsa descaida,um cabelo pendente sobre o ombro,um tronco ao ritmo da bossa,interrogo me sobre a sua expressao,a sua vontade de se levantar e aproveitar um corpo para a sua propria bossa.No canto,um tecnico cheio dele proprio,enverga uma t shirt de um festival de jazz e na boca masca pastilha,orgulhosamente enquanto ajusta o volume de um microfone em pouco acolhedor feedback.O fotografo da praxe invade o campo de visao com flashes e a sua camisa branca,propria de um fotografo profissional.Os famosos de viton e camisas de linho fora das calcas invadem o espaco com cprimentos e berros anunciantes da sua chegada.De repente a musica para,revelam se sotaques e vulnerabilidades,as mulheres olham se,os homens,sao. O circo das vaidades expoe se...e eu,bebo de uma caipiroska,sorrio,reconheco e aproveito,que sei que me vai sair caro.Entetanto a minha frente juntam se os musicos e os amigos num intervalo,afinal sao pessoas normais,com citacoes espontaneas populares,e veja se sorrisos e gargalhadas.O verdadeiro entusiasta aparece,atrapalhado na postura,timido nas palavras,confiante nas perguntas pede ao musico,que admira,dicas sobre o que tocou na forma q o fez.Entretanto reparo no musico principal,a sua namorada chama m a atencao pelo seu sorriso,ciente d si propria ela sabe se,penteado irregular negro,vestido colorido,caracois pendurados,sorriso facil.Eqt acabo a caipirosca dois,tres olhares cruzam se nos golos q vams tomando.Vou a casa d banho e eqto lavo as maos a namorada do musico tem a msm ideia,o ds senhoras,ocupado,o dos senhores desocupado,ela para entre os dois,suspira e entra no proibido e eqto fecha a porta olha me e pisca o olho.Um momento cumplice,rebelde,nosso,dos meus.
domingo, 29 de maio de 2011
Cheio de Ilusões
Hoje apeteceu-me ser feliz. Quis o que soube, desejo o que não sei se será. Fui imaturo, ingénuo na hipótese de ser feliz.
E depois!?
"Um especialista" dizia que os mais adultos, são propiciamente os mais iludidos, por pura ingenuidade, ingenuidade em acreditarem na história de amor da sua vida. A ideia não é "experienciarmos" a vida!? Viver uma ilusão é bem melhor do que me conformar com uma desilusão. E, depois? Se for magoado, espezinhado ou ignorado!? Tentei a felicidade e por momentos, fui feliz.
Fantasio, fotografo, escrevo, toco os sonhos. Penso em ti. Iludo-me com a fantasia de ser Te. De te ver sorridente, do meu lado, emoldurados, encimando estantes e móveis.
De ouvir-te dizer o quanto gostas de mim. De sermos "à vontade" um com o outro. De mexer contigo, de te fazer corar com um elogio. De te ver zangada, de raiva com ciúmes. Mas sobretudo de te ver sorrir, mais que tudo, saber do sorriso que me é exclusivo e dedicado… e a vantagem de ver esse sorriso é que será sempre meu. Mesmo que não saibas, apoderei-me dele quando te vi, pela primeira vez. Tornou-se tão meu, que deixou de ser uma ilusão, porque simplesmente, existiu.
Hoje, fui feliz na minha ilusão e magoado na desilusão, mas tive a primeira.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
A sala de espera
Estar numa sala palida de inexpressividade, verde de desespero, silenciosa de impaciencia. Esperar um ponto na oração que acabamos. Ver os pés invadidos pelas trevas da velhice, caminhos sinuosos da experiencia, da invalidez na forma de estar. De pele áspera e disforme a empacotar a emboscada de uma vida. Aforquilhar as pontas dos dedos em dor. Soltar infrutuosamente a prisão das artérias. Revermos em analepse o corpo caducado em momentos de liberdade de movimentos, de luminosidade. Que desespero de silencio. Esperarmos pelo ultimo autocarro não sabendo o seu horário, anteciparmos expectantes a sua chegada: ouvirmos o som baluarte do motor já ali, ao virar da esquina; sentirmos o cheiro do seu escape, mas sem o ver. As vozes pelos corredores da gente nova que nos serve, a ferramenta desinteressada do seu objectivo, os ecos de um mundo paralelo, distante. A lembrança na imaculada parede, da infância despreocupada e colorida passada, um retrato de uma menina de chapéu em paisagem bucólica, com flores de vermelho vivo e caule verde lilás. Esta sala branca, inexpressiva, que espera infinita. No tecto a tinta estala, e por cada racha contamos os episódios de outras vidas que fizeram o mesmo. Que interrogações se cruzam no ar desta sala velha de pacientes, Que impaciência a espera da morte. Que abnegações a uma fé religiosa se fizeram nos seus meandros. Que fés se nutriram no desespero de causa da pergunta humana. A quantas causas nos dedicaríamos, fosse a oportunidade disponibilizada (uma vez mais), quantas vezes poríamos em causa episódios amorosos. Quantas vezes seriamos capazes de não nos arrependermos do que vivemos. E que bom objectivo de vida para ter, nestes passos finais. E que paciência pode um desesperado ter? Não quero o fim, mas um inicio. Já sei o que me espera.
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